Saúde e o ser humano

Apesar do meu horário de trabalho consegui ir passar a Páscoa a casa. Umas caóticas 24 horas em que queria aproveitar o máximo de tempo com a minha família. Deu para tudo. O almoço de Páscoa em casa dos meus tios, brincar com a minha afilhada, ajudar os meus pais com o IRS (faz parte), voltar e jantar com a família, além de ganhar à minha afilhada no Trivial Pursuit Family que lhe ofereci (a miúda tem bom perder e boa cabeça, vai longe).

No dia seguinte tive mais recados e papelada a tratar antes de ir apanhar o comboio. A caminho da estação recebemos uma chamada inesperada. O meu tio tinha sofrido um enfarte menor e estava estabilizado e internado no hospital. O choque dá lugar à descrença. Os meus pais deixaram-me na estação e voltaram para trás para ficar com a miúda. 

O meu tio teve alta hospitalar apenas ontem. Falei com ele e mantive-me em contacto com os meus pais sobre qualquer alteração. Foram necessários diversos exames e procedimentos, além da medicação, para normalizar o seu estado de saúde. O corpo está preparado para nos avisar quando entra em ruptura. E este foi o aviso. Numa altura em que tanto se fala de problemas médicos, doenças raras e condições que aparecem com a idade, o meu tio tornou-se uma estatística. A vida dele mudou naquele dia. Vai ter que mudar. Comida, exercício, hábitos... Uma reavaliação e mudanças permanentes e sem a típica frase "é só hoje". Estes sustos são uma chamada de atenção do corpo. Por isso, olhem com olhos de ver para os vossos pais, tios, tias, família com alguma idade e aconselhem. Avisem. Porque quem avisa, amigo é.