money, money, money

Sabem o que é ter nascido com vontade de fazer mil coisas, no entanto faltar algo essencial para as fazer? Tipo, dinheiro. Eu a modos que sou como a velha da missa, tudo o que vê, tudo quanto cobiça. Sempre tive o bichinho de viajar e tenho poupanças, e algumas aplicações, destinadas apenas a esse objectivo. Mas também sou bom garfo e aprecio cinema e museus. Tudo isso custa dinheiro.

Após gastos em renda, despesas, gasolina e comida sobra pouco. Porque depois destas despesas todas, fica o dinheiro para mim. Para comprar alguma peça de roupa, a minha água micelar ou jantar fora. Mas todos os meses, assim que recebo a mesada (de valor fixo), faço contas e transfiro logo metade dessa quantia para outra conta em que mal mexo. E assumo imediatamente que estou pobre. Se no dia de receber a próxima mesada ainda tenho dinheiro na conta (tento esquecer-me dele), também fica de lado. O meu poder de poupança é elevado. Porque sou forreta no dia-a-dia e nas despesas obrigatórias. Mas quando depois dou uma prenda boa à minha afilhada, faço planos de jantar fora ou ir num fim de semana passear, sabe tão bem que até parece mentira. Algo que é conseguido com esforço, acaba sempre por ser mais valorizado.