05/03/2017

1 proposta de trabalho (e 1000 dilemas feministas)

Cá em casa trabalha-se. Somos ambos afortunados por ter um emprego, um contrato, um salário. Mas nunca deixamos de pesquisar o mercado de trabalho. O que não falta são pessoas a dizer que o país está mal, que se achares uma boa oportunidade tens de te deixar ficar porque nunca vais achar melhor... Eu sou do contra. Sempre fui. Então teimo em manter os horizontes abertos.
Desta vez foi ao contrário. Recebemos uma chamada a pedir ao Carlos para ir a uma entrevista. Que a agência de emprego tinha enviado de livre iniciativa ambos os nossos currículos mas que apenas lhe pediam a ele para se dirigir a uma entrevista. Ele perguntou porquê e a resposta foi simples. "Estão à procura de um colaborador masculino." Ui...
Eu fiquei impressionada pela iniciativa da agência e por valorizarem o nosso currículo, além de ele ter sido mais uma vez seleccionado de entre as candidaturas. Já ele ficou danado pela escolha do "masculino". Que os nossos currículos são muito semelhantes, que eu sou boa no que faço e que não é justo discriminar e dar sempre primazia aos homens.
Sei que tenho ao meu lado uma pessoa justa e boa. Sei que dá valor ao papel feminino no mundo do trabalho. E apesar de saber que não o quer ou achar a atitude digna de nota ("porque é como deve ser"), fico muito orgulhosa dele.

trabalho

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