a cidade

Esta publicação sobre o pessoal estagnado na terrinha deve ter gerado muita indignação porque foi uma debandada a sair do blogue que só visto. Mas, como muitas opiniões polémicas, sinto que fui levada muito à letra. Faz-me impressão esse pessoal, mas não sou eu que lhes digo como devem viver a vida. Aliás, mencionei que há pessoas que ficam para dar valor à sua terra natal e ainda bem para elas e para o meio. É uma boa situação para ambas as partes.

Mas também vejo pessoal estagnado e resignado por Lisboa. Oh la la, se vejo. E antes disso via em Coimbra. Penso que são uma tipologia ainda mais grave. Vivem em cidades. As oportunidades são exponencialmente maiores. Estão ali que nem maçãs vermelhas e suculentas para serem colhidas... Mas não. Como disse uma seguidora na página do facebook, ficam a mamar o subsídio de desemprego e ficam alapadas no sofá. 

Claro que há pessoal que tem simplesmente azar e por muito que se esforce não conseguem aquela oportunidade de mostrar o que valem. Por esses, estou a torcer que chegue o momento. Eu estou mesmo a falar daqueles que não querem saber... E que se veem um bom carro a passar ou pessoal bem vestido e a viajar, falam mal, dizem que o país é dos ricos, mas não tentam alcançar um vida melhor. Não digo jogar no euromilhões à espera que saia o primeiro prémio, mas trabalhar realmente para isso. Para terem um bom teto sobre a cabeça, poderem ir comer fora uma, duas vezes por mês, ou simplesmente terem as contas pagas. 

Há pessoas e pessoas. Cada um com a sua personalidade. Mas sinto que apesar da crise, o país ainda tem oportunidades para oferecer. E muitas pessoas não as agarram enquanto as que lutam por elas podem ter só azar e não conseguir. Eu também ando aqui nessa luta. Mas ninguém disse que vivíamos num mundo justo.