vida noturna, durante o dia, na praia

Este fenómeno referido no título é algo em que tenho vindo a reparar cada vez mais nas praias. Penso que o ano passado nem tanto porque não estive muito tempo por areais. Mas este ano noto e em grande número. Quando estão numa zona algarvia em que também existe grande vida noturna é normal que essa vida se arraste para a praia durante o dia. Antes eram apenas as conversas. Grupos de rapazes que falavam do engate da noite anterior e, quiçá, dessa mesma noite. Grupos de raparigas que andavam embeiçadas por algum surfista ou que tinham bebidas à pala em x bar. Agora... bem, agora tenho reparado que os gajos se instalam e ficam ali que nem predadores à procura de um corpo escultural a que dar atenção. Existem raparigas que não lhes dão troco, nem sequer olham para os espécimes. Mas também há grupos de raparigas que alinham no jogo de gato e rato. Começa ali o trocar de olhares, as piadas lançadas para o ar, o encontrão ocasional, o mergulho em conjunto, até que combinam sair juntos ou trocam números.

Acho isso tudo muito bem e que se divirtam. Excepto quando o jogo de sedução já envolve pôr música em altos berros em colunas para mostrar que curtem o mesmo som ou as piadolas já são javardas e generalistas. Eu só quero dormir. E estes rituais de acasalamento não me deixam curtir as minhas sestas na praia.