Numa altura em que as pessoas à minha volta, e o pessoal da blogosfera, começa a emigrar, muita coisa me passa pela cabeça. Nunca tive medo de meter uma mochila às costas, entrar num avião e ir à descoberta. E quando me vi no estrangeiro não era um pensamento que assustasse, arranjar emprego e viver lá. Londres está no topo das preferências. No entanto o que me aperta o peito e faz o coração mirrar é pensar, não tanto nos meus pais e família, existe imensa tecnologia e viagens rápidas ao dispor, mas na minha casa.
A minha casa onde cresci, fui educada, aprendi tanto sobre a natureza e os animais, os terrenos imensos onde trepava a cerejeiras, ajudava na vindima e apanha da azeitona, o prado onde rebolava nas flores rodeada patinhos amarelos e sua aflita mãe, a minha soalheira varanda onde li mais livros do que me recordo, as praias fluviais pertinho onde passava os meus dias de verão, aquele dia particular de Inverno em que nevou e toda a minha casa parecia saída de um conto de Natal. Parece idílico. E era. Ainda o é, cada vez que venho a casa. Assusta-me imaginar o passar dos anos e sem ninguém para manter este pedaço de terra que tanto significado tem para mim.
É uma questão complicada. Mas uma casa é só 4 paredes, e desde que nos sentimos bem onde estejamos a morar, passa a ser a nossa nova casa :) Para mais, se for em Londres, ainda melhor!
ResponderEliminarCompreendo-te perfeitamente! ;)
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